Por que a produtividade não cresce apesar das reformas?

Blog do IBRE – Embora reformas sejam condições necessárias para o aumento da produtividade, elas nem sempre são suficientes. Um fator fundamental para o efeito positivo das reformas anteriores foi a continuidade de uma política econômica responsável sob o ponto de vista fiscal. 

Mesmo para os analistas mais céticos em relação ao vigor da retomada do crescimento da economia brasileira no pós-pandemia, o cenário para os próximos anos está se tornando particularmente negativo.

Como salientou minha colega Silvia Matos em matéria publicada na Folha de S. Paulo há pouco mais de um mês, a verdadeira “recuperação em V” não significa simplesmente voltar ao patamar pré-pandemia. A comparação correta deveria ser quando a economia atingirá a tendência pré-pandemia. De acordo com seus cálculos, somente no último trimestre de 2025 a economia deverá voltar ao patamar em que estaria caso a tendência de crescimento verificada de 2017 a 2019 não tivesse sido interrompida pela pandemia do coronavírus.

Essa projeção baseava-se na hipótese de que a economia cresceria cerca de 1,5% em 2022 e aceleraria a partir de 2023 para uma taxa próxima de 3% ao ano. Este cenário era otimista ao supor uma forte aceleração do crescimento a partir do novo mandato presidencial, mas parecia factível pelo menos em 2022.

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