Avanços e retrocessos no ambiente de negócios

Blog do IBRE – Como tem sido o padrão nas últimas décadas, os avanços na direção de melhoria do ambiente de negócios tendem a acontecer em meio a retrocessos. Não surpreende, portanto, que o efeito final sobre a produtividade seja modesto.

Na última coluna comentei um survey da literatura sobre reformas e crescimento da produtividade no Brasil (“Productivity and Growth in Brazil”) que divulguei recentemente no Observatório da Produtividade Regis Bonelli do FGV IBRE (disponível em aqui).

Um ponto central é que o Brasil tem um ambiente de negócios que desestimula a competição e induz a má alocação dos recursos produtivos. Em consequência, empresas produtivas crescem pouco e empresas ineficientes permanecem no mercado. Isso faz com que o Brasil tenha uma proporção elevada de empresas com produtividade muito baixa, mesmo em comparação com outras economias emergentes, como México e Chile.

Embora as pesquisas mostrem que várias reformas implementadas desde a década de 1990 tiveram efeitos positivos sobre a produtividade e outras medidas de desempenho econômico, esses ganhos foram diminuídos pelo impacto negativo de várias distorções que permaneceram ou foram criadas, como subsídios creditícios, isenções tributárias para setores específicos e políticas de conteúdo local.

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