Demissões voluntárias voltam a bater recorde em julho de 2024

Janaína Feijó e Helena Zahar

O Brasil criou 188.021 empregos formais em julho, com o Sul ocupando a liderança em variação percentual entre as regiões. As demissões a pedido atingiram o maior valor desde janeiro de 2020 e o maior acumulado em 12 meses.

Este boletim examina os microdados mais recentes do Novo CAGED, divulgados pelo MTE, referentes a julho de 2024, considerando também os ajustes declarados fora do prazo. No mês de julho, o Brasil apresentou um saldo positivo (admissões superando desligamentos) de 188.021 empregos formais, com 2.187.633 admissões e 1.999.612 desligamentos. Como mostrado no Gráfico 1A, esse saldo representa um aumento de 32,3% na criação de postos formais em comparação a julho de 2023 (142.107 postos), porém 16,5% menor do que o registrado em julho de 2022 (223.221) e 38,7% inferior ao de julho de 2021 (306.956).

No acumulado dos primeiros sete meses de 2024, o saldo foi de 1.492.214 empregos, conforme ilustrado no Gráfico 1B. Esse saldo foi 27,2% maior do que o acumulado de janeiro a julho de 2023 (1.172.763 postos), mas 7,5% menor se comparado a 2022 (1.613.834) e 16,5% menor se comparado a 2021 (1.787.662). Vale lembrar que os anos de 2021 e 2022 foram caracterizados por intensa recuperação da economia após o controle da pandemia do Covid-19 de 2020.

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