O comportamento da produtividade total dos fatores durante a pandemia

Blog do IBRE – Ao longo deste período de pandemia da Covid-19, tenho analisado o comportamento de indicadores de produtividade no Brasil e no mundo. Nesta coluna, retomo a discussão em função de informações que foram divulgadas recentemente.

Um indicador importante é a produtividade total dos fatores (PTF), que leva em consideração não somente a produtividade da mão de obra, mas também a eficiência no uso de capital. Com base nos dados das Contas Nacionais Trimestrais e da Pnad Contínua, bem como da Sondagem da Indústria do IBRE/FGV, é possível construir um indicador de PTF de periodicidade trimestral.

Dois componentes fundamentais do cálculo da PTF são uma medida de utilização do fator trabalho, como horas trabalhadas, e informações sobre o uso do capital, como o grau de utilização da capacidade instalada. Em função da pandemia, no entanto, essas variáveis tiveram flutuações sem precedentes, tornando particularmente complexa a interpretação do comportamento da PTF.

Até o início da pandemia, a variação trimestral das duas medidas de horas trabalhadas (habituais e efetivas) disponíveis na Pnad Contínua era semelhante. No entanto, em função das medidas de distanciamento social necessárias para conter a propagação do coronavírus, desde o primeiro trimestre os dados passaram a revelar um descolamento entre as duas medidas, o qual foi particularmente forte no segundo trimestre, com redução muito mais pronunciada das horas efetivamente trabalhadas que das horas habitualmente trabalhadas.

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