Dados do terceiro trimestre indicam que persiste a incerteza sobre os indicadores de produtividade no Brasil

Os eventos dos últimos meses associados à pandemia da Covid-19 tiveram impactos negativos sobre a atividade econômica e o mercado de trabalho e elevaram de forma extraordinária o nível de incerteza em relação ao desempenho da economia e quanto à dinâmica dos indicadores de produtividade, especialmente no Brasil.

Nas últimas semanas foram divulgados dados de produtividade no terceiro trimestre para economias importantes, como os Estados Unidos e Reino Unido. Nos Estados Unidos foi verificada uma elevação tanto da produtividade agregada quanto do setor manufatureiro. Já no Reino Unido os dados indicaram uma heterogeneidade entre os indicadores de produtividade do trabalho, com queda na medida que considera como insumo do fator trabalho o número de pessoas ocupadas e uma elevação do indicador que considera as horas trabalhadas.

Essa heterogeneidade nos resultados da produtividade no terceiro trimestre sugere a necessidade de uma análise abrangente das medidas de produtividade calculadas para o Brasil durante este período de pandemia. Como a informação de valor adicionado é a mesma em todas as medidas, as diferenças entre os indicadores de produtividade são provenientes das discrepâncias observadas nas medidas do fator trabalho.

Desde o ano passado temos divulgado estatísticas de produtividade por trabalhador (pessoal ocupado) e por hora trabalhada. Esta última medida considera a informação sobre o total de horas habitualmente trabalhadas em todas as ocupações, obtido da PNAD Contínua, que tem como referência uma semana em que não haja situações excepcionais que alterem a duração rotineira do trabalho, ou seja, uma semana típica de trabalho.

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