Baixo crescimento da produtividade do trabalho no Brasil: uma análise dos resultados setoriais desde meados da década de 90

Com o fim do bônus demográfico, a única forma de aumentar a renda per capita e gerar crescimento sustentável no Brasil nas próximas décadas será por meio da elevação da produtividade do trabalhador. Por isso, discussões sobre o tema de produtividade ganham cada vez mais importância.

Diante da relevância do tema e com o objetivo de contribuir ainda mais para a discussão, o FGV IBRE lançou recentemente o site Observatório da Produtividade, reunindo uma ampla base de dados sobre produtividade para a economia brasileira, além de estudos e análises, a fim de fornecer informações para uma maior compreensão do tema e contribuir para a formulação de políticas públicas que possam aumentar a produtividade e impulsionar o crescimento econômico.

O objetivo deste texto é mostrar a evolução da produtividade dos grandes setores da economia e da economia como um todo desde 1995, atualizando os resultados apresentados em Veloso, Matos e Coelho (2014).

Em geral, a literatura de produtividade utiliza a população ocupada como medida de insumo do fator trabalho. No entanto, isso não leva em consideração a tendência observada em diversos países, inclusive no Brasil, de redução da jornada de trabalho. Em consequência disso, o crescimento do fator trabalho pode estar sendo superestimado quando se usa o número de pessoas empregadas, o que, por sua vez, resulta em um cálculo subestimado do aumento da produtividade. Diante deste contexto, os resultados apresentados neste texto utilizarão como insumo do fator trabalho o total de horas trabalhadas na economia.

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